22 de mar. de 2015

Sweet Love - Prólogo

A chuva persistia em cair fervorosamente naquele dia, Louis que se esquecera de levar o guarda chuvas ao ir para faculdade encontrava-se completamente ensopado. Praguejava a si mesmo, pois havia a chance de molhar todas as suas folhas dentro da mochila. Não tardou para que ele finalmente chegasse em casa, antes mesmo que ele pudesse deitar-se no sofá e tirar seu esperado cochilo ainda ensopado, ouviu a campainha tocar, curioso com quem poderia estar em sua porta tão inesperadamente ele rumou até ela a abrindo. Na porta havia um rapaz, com olhos esverdeados em um extremo brilho incomum, os cabelos levemente cacheados caiam sob sua face encharcada, e o mais improvável de se haver em um ser humano, estranhas porem adoráveis orelhas de gato eram presentes na cabeça do rapaz.
— Eu sou Harry Styles e estou aqui pra satisfazer ao senhor meu mestre. —Disse o rapaz alegremente, em total devoção.
Em um sobressalto Louis se afastou da porta, fechou os olhos fortemente pensando que estava delirando e em seguida bateu a porta na face do rapaz a sua frente. Respirou fundo, ele pensou que aquilo só poderia ser uma alucinação por estar tanto tempo sem dormir, era apenas o estresse da semana em fim terminada de provas na faculdade. Ouviu a porta bater mais uma vez, com mais força dessa vez. Então... Não era uma alucinação? Sussurrou para si
Abriu a porta e fechou os olhos, com receio do que pudesse estar atrás da mesma.
— Mestre. —O rapaz o cutucou, Louis abriu os olhos.
— Quem diabos é você?
— Eu sou Harry, feito exatamente para você meu mestre. —O rapaz sorria tão alegremente que mal parecia ser uma maquina
Era assustador para Louis perceber como a tecnologia havia evoluído, um robô era tão bem feito que pudesse parecer ter emoções.
O que Louis não havia entendido era na verdade eles não eram robôs, e sim humanos modificados e aperfeiçoados.
— Feito pra mim? —Louis coçou o queixo
Então se lembrou de que meses antes havia encomendado algo na internet sobre algo como ele, mas instantaneamente sua expressão mudara quando lembrara-se que havia pedido um Styles completamente diferente daquele que estava a sua frente, pelo estranho motivo que aquele robô era masculino.
— Mandaram o errado, eu não comprei um masculino.
— Não fique assim, eu pelo menos fui feito ao seu gosto, digo eu sei cozinhar, passar, lavar, dar carinho, atenção e até sei cantar, também fui modificado para ter um grande conhecimento sobre literatura oriental, como citou ser um de seus gostos.
— Mas você é homem.
— Você não pode me devolver só porque sou homem. —Contestou Harry entrando no apartamento— Eu fui feito exatamente da forma que você descreveu e até tenho essas malditas orelhas, quem é que iria querer alguém com orelhas de felino?
— Há. —Louis coçou os cabelos da nuca em uma risadinha acanhada— Eu não achei que pudesse ser verdade.
— Bem, eu estava começando a achar que você pudesse ser um pervertido que tem desejos por gatos.
— Não... Não sou pervertido, e eu vou devolver você, além de você ser homem eu não gostei de você. —Resmungou
Caminhou até o sofá e sentou-se ali, suspirando dolorosamente. Quando pensava que seu cansaço estava no fim, aparecia um garoto estupidamente lindo com orelhas de felino para lhe dar mais trabalho.
— Você não pode me devolver, mestre se você me devolver eu posso ter a memória apagada , e posso até mesmo deixar de funcionar.  Digo, quando um humano Styles é defeituoso ou não esta de acordo com o seu desejo, ele é descartada e exilado. É até difícil de pensar o que fazem com os descartados.
— Isso não é problema meu. —Disse ele
Harry sentiu seus olhos projetados encherem-se de lagrimas, caiu-se de joelhos.
— Mestre não me deixe perder essa chance, por favor não me devolva, eu juro que serei bom pra você mestre.
— Não fique me chamando de mestre, eu me chamo Louis.
— Me desculpe.
— Pare de chorar, não sabia que robôs choravam.
— Eu não sou totalmente uma máquina seu estúpido, somos modificados por outros humanos, e somos recarregáveis, mas ainda tenho canais lacrimejais como você.
— Como assim recarregável? Você usa pilha? Ou bateria? Onde fica? Eu preciso saber quando eu quiser te desligar e te guardar. —Louis soltou uma leve risada fazendo com que Harry secasse suas lagrimas e corresse para sentar-se ao sofá ao lado de Louis.
— Então você não vai me devolver? —Sorriu ele esperançoso
Louis suspirou, sentiu empatia pelo rapaz, poderia não usa-lo para seus desejos, mas poderia usa-lo como um amigo, e até poderia ser útil alguém limpando a casa, cozinhando e ajudando. Já que desde que havia saído da casa dos pais, se recusara a ter uma empregada.
— Você é mesmo descartado quando é devolvido? —Indagou— Digo, não pode ser vendido outra vez?
— Sim mestre, por que eu fui feito exatamente pra você, e é provável que não tenha ninguém no mundo que queira um Styles como eu e com orelhas de gato. —Sorriu docemente— Eu sei que sou bonito e talvez eu possa até ter sido um humano bem cobiçado entre as garotas antes de perder a memória, mas essas orelhas são assustadoras.
— Droga, não fique falando dessas orelhas, eu já disse que foi sem intenção. —Louis olhou-o friamente enquanto continuava— Essas orelhas são fofas, não as menospreze.
— Então, você esta satisfeito comigo?
— Não satisfeito, mas... Eu não me sentiria bem em ter o poder de tirar a “vida” robótica de al... —Antes que Louis pudesse terminar sentiu o peso de Harry contra o seu corpo, o mesmo o abraçava amorosamente enquanto distribuía beijos incontroláveis por toda face do menor, se perguntava como Harry poderia ser feito ao seu querer se o mesmo era homem e aparentemente possuía 1,80 de altura, nunca gostara de mulheres altas, e aquele era mais um motivo para ele estar insatisfeito com aquela mercadoria.
— Eu vou fazer de tudo para que esteja satisfeito, de tudo, me desculpe se sou um rapaz. Desculpe-me mesmo, eu queria estar totalmente ao seu querer, mas mesmo sendo como um homem eu quero que sempre se sinta feliz.
— Ta, que saco, para de me beijar. —Grunhiu ele afastando a face de Harry com a sua mão—
— Desculpe, é que eu estou muito feliz, é assim que se sente quando esta feliz? São novas pra mim todas essas sensações, saber sobre elas é diferente de senti-las.
— Ok, agora saia de cima de mim. —Continuou ele empurrando Harry, que continuava com o sorriso estonteante.— Céus você é pesado.
Ele se levantou do sofá
— Eu vou pegar umas roupas pra você, precisamos sair pra comprar amanhã, você fica resfriado? Digo, se fazem modificações em você, você deve ser imune a essas coisas.
— Eu não sei, acho que não. —Ele levantou-se também
— Mesmo assim você precisa tirar essa roupa.
— Você também mestre, assim você pode se resfriar também.
— Louis. —Corrigiu-o
— Acho desrespeitoso chama-lo assim.
— Se vamos conviver juntos você não precisa me tratar como superior.
— Desculpe, eu posso te dar um apelido?
— Não. —Grunhiu impaciente saindo da sala
Harry sorriu e correu para alcança-lo
— Vou pensar em um, assim não te chatearei com isso.
— Ok, Ok, faça o que quiser robô estúpido.

— Eu não sou um robô. —Balbuciou

continua?

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